59% dos brasileiros não se preparam para aposentadoria, revela pesquisa

59 poer cento dos brasileiros não se preparam para aposentadoria, revela pesquisa

A chegada da terceira idade exige planejamento, principalmente financeiro. A redução da renda mexe com o dia a dia do aposentado que, para não ser pego de surpresa, precisa pensar desde cedo como viver bem essa fase da vida.

Porém, nem todo brasileiro pensa dessa forma. De acordo com pesquisa CNDL/SPC Brasil e Banco Central, seis em cada dez brasileiros (59%) não se preparam para a aposentadoria. Somente 41% alegam se preocupar com essa fase da vida. Entre as classes A e B este percentual chega a 55%.

Os brasileiros que não se planejam financeiramente para a aposentadoria alegam que não sobra dinheiro no orçamento (36%) ou que estão desempregados (18%).

Há ainda aqueles que acham que não vale a pena guardar o pouco de dinheiro que sobra no fim do mês (17%). Este pensamento pode ser muito perigoso, já que, de acordo com estimativas do IBGE, a participação da população acima de 65 anos na sociedade brasileira passará dos atuais 9% para 25% em 2060.

Planejamento para a aposentadoria

De acordo com a pesquisa, os meios mais comuns para se aposentar são: aplicações financeiras (42%), principalmente a previdência privada (20%), e outros ativos financeiros, como ações, títulos ou fundos (20%) e recursos do INSS (35%).

Já 16% dos brasileiros dizem que dependerão de terceiros, como cônjuges, filhos ou outros membros da família. E 37% dos pesquisados disseram que, mesmo aposentados, pretendem continuar trabalhando.

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O que fazer na hora dos imprevistos?

Para enfrentar as dificuldades financeiras do dia a dia, quatro em cada dez (42%) brasileiros disseram que teriam condições de cobrir despesas extras desse tamanho ou que conseguiriam sustentar, em média, até cinco meses o padrão de vida atual.

Outros 39% disseram que não são capazes de arcar com gastos imprevistos, equivalentes ao seu ganho mensal, sem recorrer à ajuda de terceiros ou a um empréstimo.

Já 20% não souberam dizer quanto tempo conseguiriam manter o padrão de vida em caso de dificuldades. 

E quem ainda não enfrentou este cenário, o que fariam em uma real dificuldade financeira? Neste caso, 47% disseram que cortariam despesas desnecessárias, enquanto 33% avaliariam quanto ganham e gastam para decidir o que fazer, decisão que sobre 48% entre as classes A e B.

Já 13% reconheceram que não saberiam por onde começar e teriam medo de encarar a verdadeira situação financeira.

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), entrevistou 804 pessoas acima de 18 anos de todas as classes sociais e ambos os gêneros em 27 capitais.